Venho dos tais pretéritos perfeitos
Que nunca conheceste, nem provaste,
Á luz da transparência e do contraste
Com que farei valer os meus direitos!
Terei, como tu tens, alguns defeitos
- uns de nascença e outros de desgaste –
Mas nunca negarei quanto negaste,
Nem tentarei ser mais do que os eleitos!
Serei quem tu jamais entenderás,
Mas tentaste magoar-me e eu quero a paz
Que só posso encontrar na liberdade…
Sou quem se oferece inteira no que faz
E está disposta a dar, de quanto traz,
A mais pura, a mais límpida verdade…
Maria João Brito de Sousa – 25.01.2011 – 16.26h